13 March 2013

[ Disquiet(ude) Mobile • Mobile Desassossego ]

  "Pasmo sempre quando acabo qualquer coisa. Pasmo e desolo-me. O meu
instinto de perfeição deveria inibir-me de acabar; deveria inibir-me até de dar
começo. Mas distraio-me e faço. O que consigo é um produto, em mim, não

de uma aplicação de vontade, mas de uma cedência dela. Começo porque
não tenho força para pensar; acabo porque não tenho alma para suspender.
Este livro é a minha cobardia."
Trecho 152 do Livro do Desassossego, Fernando Pessoa

 
From the Book of Disquiet(ude), Fernando Pessoa
In the plausible intimacy of approaching evening, as I stand waiting for the stars to begin at the window of this fourth floor room that looks out on the infinite, my dreams move to the rhythm required by long journeys to countries as yet unknown, or to countries that are simply hypothetical or impossible.
( translated by Margaret Jull Costa ) 

Do Livro do Desassossego, Fernando Pessoa  
Do meu quarto andar sobre o infinito, no plausível íntimo da tarde que acontece, à janela para o começo das estrelas, meus sonhos vão por acordo de ritmo com distância exposta para as viagens aos países incógnitos, ou supostos ou somente impossíveis.

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